Segue abaixo uma resenha feita por Willy, para a rádio Kiss FM, sobre as duas noites de Shows:
"Galera, acompanho a banda há 17 anos, assisti ao show nos dois dias, e escrevi a seguinte resenha para a Rádio Kiss FM."
Ninguém tem mais dúvida que Engenheiros do Hawaii hoje resume-se a um nome: Humberto Gessinger.
Ele e sua trupe desembarcaram em São Paulo, nos dias 30 e 31, para gravar o próximo cd da banda, que será lançado juntamente com um novo dvd, inicialmente chamado “Acústico 2”.
Mesmo após tantos anos, é incrível como seus fãs realmente são fãs de fé. Encontro pessoas que freqüentam os shows da banda há anos, e todos estão reunidos novamente, na expectativa desse novo trabalho.
Eis que no primeiro dia chego exatamente no momento em que chega Humberto Gessinger, acompanhado de sua filha Clara. Simpático, ele acena sorridente, rapidamente, e entra para seu camarim.
Começa então o show!
No cenário, as mandalas do Acústico MTV continuam substituindo as antigas engrenagens.
O primeiro dia tem um clima de ensaio. Humberto fala pouco, resume-se a apresentar as canções do cd, e a comentar o resultado do jogo do Grêmio quando volta para o Bis, que contou apenas com a repetição de 4 músicas apresentadas durante o show.
No segundo dia, o clima já era outro. Várias pessoas vindas de fora do Estado de São Paulo para assistir ao show. Realmente, esse é o dia que vai valer!
A funcionária da casa me leva ao meu lugar, logo atrás da mesa de som, colado no empresário que a banda carrega consigo há anos: Gil Lopes.
Humberto inicia o show com o clássico Toda Forma de Poder, com citações de Chuva de Containers, e leva os fãs ao delírio.
Na seqüência, as inéditas Vertical e Guantânamo, músicas estas disponibilizadas na sua versão demo, no site oficial da banda, juntamente com todas as outras inéditas.
A banda relembra então A Montanha, e em seguida faz uma seqüência de 5 inéditas, contando com a participação do ex-integrante e “companheiro de estrada” Carlos Maltz, que começa tocando bateria e termina cantando junto com Humberto. Dava gosto de ver a empolgação e a felicidade que Maltz demonstrava de estar ali, ao lado de seu escudeiro de tantos anos.
Gessinger chama então sua filha Clara, que entra num estilo Avril Lavigne, para cantar A Onda e Parabólica (feita para ela, quando nasceu, em 1992). Alguns dizem que Clara desafina demais. Clara pode desafinar, mas a emoção que é ver pai e filha dividindo o palco, essa não desafina.
Na inédita Faz de Conta pude perceber que além de empresário e amigo, Gil Lopes é também um grande fã da banda. Ele começou cantando, passou a bater palma no ritmo da música, e quase sai da cadeira para dançar, tamanha sua empolgação. Talvez isso explique o sucesso da parceria de tantos anos.
Para fechar o show, hora de rever alguns sucessos, além da inédita (e linda) Luz.
Encerram o show com Par ser sincero. Gil Lopes vira-se para trás e comenta comigo: “Ta muito bom, não ta?” Eu respondo com sinceridade e convicção: “MUITO”.
Eles ainda voltam para o Bis duas vezes, e fazem uma versão que mistura O Papa é pop e Perfeita Simetria, Até o fim, Pose (novamente com Clara), e Depois de nós (novamente com Maltz), e fecham, com chave de ouro.
Alguns fãs da banda reclamam da previsibilidade do repertório.
Posso até dar um voto de confiança em relação às regravações (que foram 9 no total, sem contar os improvisos do bis), porém onde está a previsibilidade de uma banda que toca metade de seu repertório de músicas inéditas?
O fato de Humberto Gessinger ter disponibilizado a demo do novo cd no site oficial da banda por um lado foi positiva, pois os fãs já cantavam as músicas inéditas com a banda, o que em um cd ao vivo faz a diferença, porém causou essa previsibilidade que os fãs agora reclamam.
Os fãs da banda acompanharam o processo de composição da obra do mesmo modo que aqueles que trabalham com a banda acompanharam, então realmente não dá pra reclamar.
Previsível ou não, a banda está viva, e em forma, apresentando trabalho realmente novo, pensando no futuro, ao contrário de muitas bandas da mesma época, que hoje vivem de sucessos do passado e não lançam nada mais de inédito, e esse mérito ninguém tira de Humberto.
Parabéns a banda, parabéns a Gil Lopes.
Vida longa (e inédita) aos Engenheiros!
Set list (instrumento tocado por Humberto Gessinger)
As músicas em destaque são inéditas
Toda forma de poder (Viola caipira)
Vertical (Viola caipira)Guantânamo (Bandolim) A montanha (Bandolim)
Quebra-cabeça (Violão)
No meio de tudo você (Violão) Não consigo odiar ninguém (Violão) Cinza (Violão) – part. Carlos Maltz
Coração Blindado (Viola caipira)A onda (Viola caipira) – part. Clara
Parabólica (Violão) – part. Clara
Faz de conta (Violão)Novos Horizontes (Teclado)
Alívio Imediato (Teclado)
Simples de coração (Teclado)
Piano bar (Teclado)
Luz (Teclado)Par ser sincero (Teclado)
é isso aí povo, agora é aguardar o lançamento do CD... senti falta de "pra quem gosta de nós" que era a minha demo preferida, ainda tenho esperanças que ela entre no CD!!! Bjos...
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O Reino Encantado de DOM INÁFIO DA FILVA I (...na Bienal do Livro)
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